Fundação PLMJ apresenta as exposições “Outras Coisas”, de Jorge Días, e “Na Boca do Povo”, de Lino Damião, a inaugurar no dia 10 de Outubro, às 18H30, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa

Fundação PLMJ apresenta as exposições “Outras Coisas”, de Jorge Días, e “Na Boca do Povo”, de Lino Damião, a inaugurar no dia 10 de Outubro, às 18H30, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa. Estas exposições exploram o imaginário passado e as vivências presentes de Moçambique e de Angola. Exposições patentes até 8 de Dezembro, de quarta-feira a sábado, entre as 15H00 e as 19H00. Estas exposições integram a programação OFF do Espaço Fundação PLMJ, comissariada por Miguel Amado, e desenvolvem o ciclo de acções promovidas pela Fundação PLMJ dedicadas a artistas dos PALOP. Estas exposições reúnem obras que traçam uma panorâmica da produção recente dos artistas e enunciam os temas da sua prática. Acompanha as exposições um catálogo que inclui uma introdução do comissário. O trabalho de Jorge Días e de Lino Damião explora o imaginário passado e as vivências presentes dos respectivos países, Moçambique e Angola. A sua produção evidencia-se por pontos em comum: por um lado, uma sensação de esperança, plena de utopia; por outro, uma rendição às vicissitudes de uma vida social martirizada pelas vãs promessas das várias ideologias que marcaram os seus países nas últimas décadas. A fina ironia das suas obras veicula uma crítica – tão intensa e sensível quanto subtil e mordaz – ao status quo de Moçambique e de Angola. Jorge Días elabora formas com potencial simbólico no sentido de equacionar questões de pendor existencial. Nesta exposição, o artista analisa as mitologias e iconografias de Moçambique em esculturas realizadas com materiais “pobres” e objectos de uso diário como capulanas – coloridos tecidos típicos de África. A linguagem de Lino Damião inscreve-se na imagética da banda desenhada. Nesta exposição, o artista aborda a situação de Angola em pinturas que representam cenas do quotidiano protagonizadas por personagens-tipo que exprimem as complexas condições de existência da população.

 

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

 

Jorge Días nasceu em Maputo, Moçambique, em 1972, onde vive e trabalha. Estudou artes visuais na Escola Nacional de Artes Visuais, em Maputo, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Expõe regularmente desde inícios da década de 1990. Das suas recentes exposições individuais, destacam-se as seguintes: “Humanos” (com Gemuce) (Museu Nacional de Arte, Maputo, 2005); “Zoologia dos Trópicos” (com Nelson Leirner) (Centro Cultural de Lagos, Lagos, 2005); “Zoologia dos Fluxos” (Centro Cultural Franco-Moçambicano, Maputo, 2007); “Transparência: Processos Criativos e Devaneios” (Instituto Camões – Centro Cultural Português, Maputo, 2010). Das suas recentes exposições colectivas, destacam-se as seguintes: “Réplica e Rebeldia: Artistas de Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique” (Museu Nacional de Arte, Maputo, 2006); “Lisboa-Luanda-Maputo” (Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Lisboa, 2007); V Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe (2008); “Idioma Comum” (Espaço Fundação PLMJ, Lisboa, 2011); “Roots” (Influx Contemporary Art, Lisboa, 2012).

 

Lino Damião nasceu em Luanda, Angola, em 197, e vive e trabalha em Lisboa. Estudou artes visuais no Instituto Nacional de Formação Artística, em Luanda. Expõe regularmente desde finais da década de 1990. Das suas recentes exposições individuais, destacam-se as seguintes: “Transparências” (Museu do Banco de Portugal, Lisboa, 2010); “Batidas Coloridas” (Oficina de Música de Aveiro, Aveiro, 2010); “Fusão” (com António Pires) (Casa particular, Lisboa, 2012). Das suas recentes exposições colectivas, destacam-se as seguintes: “30 Anos de Arte Angolana” (União Nacional dos Artistas Plásticos e Museu Nacional de História Natural, Luanda, 2005); I Trienal de Luanda (2007); “Idioma Comum” (Espaço Fundação PLMJ, Lisboa, 2011).

 

A Fundação PLMJ, instituída pela sociedade de advogados PLMJ – A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados, em Lisboa, desenvolve uma colecção de arte portuguesa e CPLP e promove exposições, livros e outros projectos. No Espaço Fundação PLMJ, a Fundação PLMJ desenvolve uma programação baseada no seu acervo e em projectos inéditos de artistas portugueses e da CPLP. Das exposições realizadas, destacam-se as individuais de Manuel Botelho, João Pedro Vale, Pedro Calapez, Luisa Mota, Sara & André, Pedro Amaral, Joana Vasconcelos, Nuno de Campos e Ídasse/Pinto, bem como colectivas das séries “Opções & Futuros” e “Idioma Comum”.